quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Síndrome de Estocolmo

O Síndrome de Estocolmo foi assim designado em referência ao famoso assalto do Kreditbanken em Norrmalmstorg, Estocolmo, em Agosto de 1973, que durou seis dias. Nesse assalto com sequestro as vítimas continuaram a defender seus raptores mesmo depois dos seis dias de prisão física terem terminado e mostraram um comportamento reticente nos processos judiciais que se seguiram. O termo foi usado pela primeira vez pelo criminólogo e psiquiatra Nils Bejerot que ajudou a polícia durante o assalto e que se referiu ao síndrome durante uma reportagem, tendo o termo vindo posteriormente a enriquecer o léxico clínico.
O Síndrome de Estocolmo é um estado psicológico particular desenvolvido por pessoas que são vítimas de rapto, em que a vítima desenvolve sentimentos de lealdade para com o raptor apesar da situação de perigo em que se encontra colocada.
Este síndrome é também referido em situações com tensões similares às do rapto, incluindo casos de violação, cenários de guerra, sobreviventes de campos de concentração, pessoas que são submetidas a prisão domiciliária por familiares e também em vítimas de abusos pessoais, como mulheres e crianças submetidas a violência doméstica e familiar.
Os sintomas associados ao síndrome são consequência de um stress físico e emocional extremo por parte da vítima e ocorrem sem que a vítima tenha consciência disso, funcionando a identificação afectiva e emocional com o raptor como o objectivo de proporcionar afastamento emocional da realidade perigosa e violenta à qual a pessoa está a ser submetida.

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